segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dia Mundial Sem Tabaco: médico Marcelo Pimenta fala sobre a Relação do Tabagismo e o Câncer

Hoje em dia todo mundo sabe que a dependência do cigarro pode provocar câncer de pulmão e uma série de outras complicações. Já é comprovado que mais de 90% das pessoas com o vício do tabagismo sofre deste tipo de câncer, ou seja, entre dez pessoas que fumam, nove podem ter complicações com esta doença. Estudos realizados apontam o tabagismo como um dos principais problemas de saúde pública do mundo, pois este não se restringe somente ao usuário, mas também a não fumantes. O uso do cigarro em qualquer ambiente expõe outras pessoas a fumaça.
Segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), um terço da população mundial adulta (cerca de 1,3 bilhão de pessoas) fuma aproximadamente 47% da população masculina e 12% da população feminina fazem uso de produtos derivados do tabaco. Nos países em desenvolvimento, os fumantes somam 48% dos homens e 7% das mulheres, enquanto nos desenvolvidos, a participação do sexo feminino mais do que triplica, num total de 42% de homens e 24% de mulheres fumantes.

No Brasil, pesquisa realizada recentemente pelo Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (Inca), indica que 18,8% da população brasileira é fumante (22,7% dos homens e 16% das mulheres). Infelizmente a quantidade de pessoas que consomem qualquer tipo de derivado do tabaco só aumenta. Em todo o mundo este é um dado preocupante. A dificuldade em largar o vício é causada pela nicotina, princípio ativo do cigarro, que tem a capacidade de satisfazer a droga tem o efeito de compensação, seja na alteração do humor, no estresse do dia a dia, ela pode ser comparada ao efeito da cocaína.
Mesmo com as dificuldades de parar de fumar, as pessoas devem enfrentar este fato como uma questão de sobrevivência, lembrando de todos os malefícios que esta dependência pode causar ao nosso organismo. Conhecido também como cancro do pulmão, o cancêr de pulmão é a expansão e transformação maligna do tecido pulmonar. O cancêr auxilia na perda do controle da divisão celular e na capacidade de invadir outras estruturas orgânicas.
Os sintomas deste tipo de câncer são: tosse intermitente, dificuldade para respirar, escarra seguida de sangue, rouquidão, dor no torax, pneumonias, sibilância (sons produzidos em forma de assovio). Em qualquer tipo de cancêr o diagnóstico precoce é o melhor remédio para esta doença, pois quanto mais rápido a mutação for descoberta, mais rápido se iniciará o tratamento. Neste caso, as chances do paciente são maiores. O tratamento do tumor maligno é feito através de cirurgias, quimioterapia ou radioterapia. É importante ressaltar também que cada “caso é um caso” e deve ser avaliado pelo médico responsável.
“Qualquer pessoa esta sujeita a este tipo de cancêr, mas peço atenção redobrada aos usuários do tabaco, pois as chances para desenvolver esta doença é muito maior em pessoas dependentes do cigarro. As visitas regulares ao médico devem ser realizadas, pois o prognóstico da doença depende do estágio em que ela se encontra. Então quanto mais rápido diagnosticarmos esse tumor, mais rápido ele será tratado. Ame sua vida, largue o cigarro!

Marcelo Pimenta Fernandes Lima
Cirurgião Oncológico

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