sábado, 1 de agosto de 2009

Entrevista com Nilmário Miranda


Nilmário Miranda é mineiro, 62 anos, foi preso político durante 3 anos e um mês, tendo sido libertado em 1975. Foi deputado estadual de 1980 a 1986 e deputado federal duas vezes pelo PT, onde ocupou o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Participou do governo Lula como secretario Especial de Direitos Humanos com o status de ministro. Foi candidato derrotado ao governo de Minas nas últimas eleições. Sempre esteve envolvido pessoalmente, durante todo esse período, na luta pelos direitos humanos em situações cruciais, como nos casos do massacre de lavradores sem terra em Corumbiara/RO, da escravidão no trabalho e dos mortos e desaparecidos políticos. É autor de várias publicações sobre o assunto, como o livro Dos filhos deste solo, livro de 650 páginas, lançado em agosto de 1999, juntamente com e o jornalista Carlos Tibúrcio. Considera uma das maiores vitórias no campo dos direitos humanos no país a aprovação da lei que reconheceu os mortos e desaparecidos pelo regime militar. Classifica os direitos humanos como uma das maiores bandeiras mundiais da atualidade, que ultrapassa fronteiras, partidos e ideologias. Nilmário é o primeiro entrevisto do meu Blog de Notícas. Ele fala sobre seu vínculo com nossa cidade e, é claro, a sucessão para o Governo de Minas.
Estamos a pouco mais de um ano das eleições. A respeito da disputa para governador em MG, você acha que o PT encontrará um consenso ou necessitará de prévia para definir seu candidato?
As prévias são uma ferramenta de democracia interna para construirmos candidaturas com ampla participação dos filiados; aos olhos do público, mecanismos alternativos aos acordos de cúpula, de chefes e de coronéis. Ainda é cedo para afirmar se necessitaremos de prévia, precisamos nesse momento concentrarmos no Processo de Eleições Diretas/PED, que também é um processo de democracia ampla, que elegerá direções municipais, estaduais e a nacional, indicando novos rumos do partido para as eleições de 2010.
Você trabalhará em qual frente? Virá candidato?
Estou sendo convidado e chamado por vários setores da sociedade para sair como candidato à Deputado Federal. Ponte Nova está em festa com o início das obras do PAC (quase R$ 7 milhões) conquistadas pela administração de Taquinho Linhares/PSB e com participação fundamental de petistas locais, caso de Carminha Santos, na época, secretária de Governo.
Você acredita que muitas conquistas do governo Lula, também, podem ser implantadas em MG pelo governo estadual?
Ao contrário do Governo anterior, que discriminou Minas à época de Itamar, o Governo Lula trata a todos de modo republicano. Dessa forma, todos os programas federais também têm atendido a Minas.
Por falar em Taquinho e Carminha, os 2 são velhos conhecidos do senhor, não?
Carminha e os petistas mais antigos são bons amigos e companheiros. Conheci Taquinho em 2004 e o apoiei. Desde então somos amigos.
Chegou a hora do povo mineiro experimentar uma administração petista?
O PT disputou todas as eleições desde 1982. Pela primeira vez temos chances reais de governar Minas, e construir um projeto democrático e popular.
Para finalizar, fale um pouco sobre seu trabalho na Fundação Perseu Abramo.
A FPA dedica-se à disseminação da cultura política, republicanismo e do socialismo democrático. Abriga a Escola Nacional de Formação do PT, desenvolve seminários, oficinas, palestras, pesquisas, encontros. Tem uma editora que já publicou 160 livros, uma revista bimensal (Teoria e Debate), um Centro que abriga nossos documentos (PT), e realiza uma intensa atividade internacional. Em nosso site (http://www.fpabramo.org.br/) oferecemos o download gratuito na integra de 43 livros com objetivo de aumenta o alcance de nossas publicações e incentivar a circulação e debate de idéias. Nossa sede fica em São Paulo, e hoje temos um escritório em Belo Horizonte. Alias, atualmente quem trabalha comigo, em Belo Horizonte, é Michelle Guimarães (Psicóloga) uma cidadã pontenovense.

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