segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ronaldo Vasconcelos propõe recuperação do Rio Piranga

O Rio Piranga é de grande importância não só para a região de Ponte Nova, mas também para outras cidades do Estado, já que ele é um dos principais formadores da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, estendendo-se por uma área de 17,6 mil Km2 e abrangendo 69 municípios, com uma população de cerca de 700 mil habitantes.

Como a maioria dos rios do Brasil, o Piranga também está sofrendo as conseqüências da exploração ambiental desenfreada. A poluição tomou conta de suas águas; a drenagem das estradas rurais está com problemas; o desmatamento, a produção de carvão e a extração de pedra e areia geraram o extrativismo ambiental da região; os recursos naturais são usados de forma inadequada; a fiscalização é ineficiente e falta mobilização da população e dos produtores rurais em relação aos cuidados com o meio ambiente.

Há pouco tempo, sofremos as conseqüências negativas do assoreamento do rio com a ocorrência das enchentes que inundaram cidades e trouxeram sérios prejuízos à população. O desmatamento das matas ciliares e dos topos dos morros, definidas pelo Código Florestal como Áreas de Preservação Permanente (APP), o lançamento de lixos, esgotos sanitários, e atividades pecuárias, sem nenhum tipo de tratamento, nos córregos e no próprio rio são alguns exemplos de atitudes que geram toda essa degradação.

Mas para resolver esses problemas, propomos o desenvolvimento do Programa de Recuperação do Rio Piranga, de autoria do ambientalista Weber Coutinho, que contempla vários projetos em torno da mesma causa. A idéia é angariar recursos, por exemplo, para a implantação de Estações de Tratamento dos Esgotos (ETEs); coleta seletiva de lixo e aterros sanitários nas cidades banhas pelo Piranga. Também propõe ações de combate às erosões, através do reflorestamento das áreas desmatadas; recuperação das margens dos rios, com obras de contenção das encostas e revegetação; realização do desassoreamento dos rios e córregos; plantio da mata ciliar e a construção de barragens de contenção de cheias nas cabeceiras dos córregos afluentes e de pequenas barraginhas de contenção de água de chuva para infiltração de água nas áreas rurais, conforme orientações da EMATER.

Além das obras necessárias é importante pensar, também, em projetos sociais que amparem as atividades de recuperação do rio. O objetivo é criar uma associação sem fins lucrativos de defesa do rio, fortalecer o subcomitê da bacia, vinculado ao Comitê do Rio Doce, implantar um sistema de alerta contra as cheias, monitor a qualidade da água e implantar um programa de Educação Ambiental, buscando a conscientização da população para as práticas sustentáveis e para a redução da poluição.
Tudo isso que estamos propondo, é um compromisso de campanha e de ação governamental que fazemos com as cidades da região.

Ronaldo Vasconcellos
Professor; presidente do PV - MG

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